Resenha | Segredo de Sangue, de Tess Gerritsen.
- Isabela Lima
- 1 de fev. de 2019
- 3 min de leitura
Ficha Técnica
Título: Segredo de Sangue (I Know a Secret)
Autor(a): Tess Gerritsen
Gênero: Suspense policial
Páginas: 348
Editora: Record
Encontrei esse livro enquanto perambulava na Amazon, gostei da sinopse e decidi compra-lo.
Não me arrependi.
Segredo de Sangue é um dos vários livros da série Rizzoli & Isles, que também possui série de TV. Até comecei a assistir a série, por causa do casal de protagonistas, a Dra. Maura Isles, legista do Departamento de Polícia de Boston e a detetive Jane Rizzoli.
Elas são muito amigas e possuem um vínculo muito forte. No livro em questão eu me deparei com várias cenas da amizade forte entre as duas, mas confesso que nos episódios que assisti, reparei que o casal de atrizes que interpreta as personagens é muito mais interessante do que no livro. Por isso tenham até shipp entre elas duas, eu aderi ao shipp e por isso comecei a ver a série mas parei por não me interessar mais com o desenrolar.
Mas voltando ao livro, Rizzoli e Isles se vêem diante de mais uma série de assassinatos brutais.
Eu comecei a ler esse livro após terminar a leitura de Em Águas Sombrias da Paula Hawkins e me surpreendo quando vejo a indicação dela na capa de Segredos de Sangue.
Realmente, não é uma mera indicação. Segredo de Sangue vale muito a pena!
O Departamento de Polícia de Boston se vê enredado com os misteriosos assassinatos aparentemente sem vestígios e provas que levem ao assassino. Porém há coisas que parecem se repetir nesses assassinatos a sangue frio.
Uma terrível e lúgubre adoração a santos. Vou explicar melhor: o assassino aparentemente alucinado pela história dos santos, mata suas vítimas que possuem datas de aniversário de alguns santos.
O primeiro assassinato trata-se de Cassandra Coyle, encontrada morta na cama de seu quarto com os dois globos oculares arrancados e deixados na palma de sua mão esquerda. Ela nasceu no mesmo dia de Santa Luzia e teve o mesmo fim dela.
Timothy McDougal, encontrado morto na véspera do Natal num píer com três flechas enfiadas em seu peito nu. O mesmo destino trágico de São Sebastião.
O livro é narrado pela Rizzoli, Isles e Holly. Inicialmente é narrado por Holly, mas só vamos saber lá pra metade do livro.
Em meio a investigação dos assassinatos, Jane e seus companheiros de farda acabam tendo que revisitar um antigo caso aparentemente solucionado, o caso da Creche da Macieira, que se tratou de um dos mais horrendos de que se tem notícia.
Existia essa creche onde um casal era responsável assim como o filho dos mesmos que levava as crianças num ônibus escolar.
Tudo explodiu quando uma garotinha sumiu e seu gorro foi encontrado no ônibus. A culpa logo caiu nas costas do filho do casal e os mesmos também foram culpados, quando uma avalanche de depoimentos assustadores de diversas crianças vieram a tona durante o processo.
Queixas de abusos sexuais foram feitas, restando nenhuma dúvida quando uma das vítimas surgiu ferida e dizendo seguramente que o casal e o filho tinham sumido com o corpo da menina desaparecida, assim como de abusar de várias crianças.
Só que o que chamou a atenção de Jane foram as declarações totalmente inconsistentes das crianças envolvidas no caso.
Quando pensavam num suspeito Martin, o filho do casal da Creche da Macieira aparecia como possível criminoso que tinha cometido os recentes assassinatos, porque na antiga creche existia o hábito de relacionar o aniversário de cada criança com retratos de santos que haviam nas paredes do estabelecimento.
O assassino parecia ter um conhecimento exímio e profundo dos santos católicos.
Só que depois de uma reviravolta alucinante, uma grande interrogação surge e a autora vai nos revelando as intenções e as múltiplas facetas sombrias de determinados personagens.
Uma das coisas que mais gostei e mais me assustou foi a construção macabra dos lugares, assim como de determinadas cenas.
Mesmo amendrontada segui até o fim, porque a forma como Gerritsen escreve nos vicia de uma forma que só paramos com o desfecho eletrizante.
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